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VIVER
TORÁ

Torá |תורה| é a coleção do texto bíblico formada pelos Cinco Livros de Moisés ou Pentateuco. Quer dizer “ensinamento”, embora muitas vezes a palavra seja traduzida por “lei”. Também usamos esta palavra para designar todo um campo de coisas afins, que vão desde o mais concreto ao mais abstrato, por exemplo: usamos Torá quando nos referimos a toda a Bíblia Hebraica, ou ainda como indicação de um caminho de conduta, de entendimento da vida que está pautado por valores ancestrais aprendidos nos nossos textos e ritos.

Tudo isso, e muito mais, é Torá.

DEUS_

Ao longo do meu caminho, tenho me deparado com muitas pessoas que querem viver sua espiritualidade mais intensamente. Algumas até sem se dar muita conta disso, sem ter essa palavra ou esse conceito muito claros – mesmo porque é difícil expressar os sentimentos que envolvem o campo da espiritualidade. Às vezes eles aparecem na gente apenas como um anseio, um suspiro, uma saudade…

Talvez especialmente nos dias de hoje, em que a vírtua vai tomando o lugar do mundo concreto, passando cada vez mais a exercer o papel do real, essa vontade espiritual vá ficando mais forte. Mas vejo que muitas pessoas o vivenciam como um desespero, um vazio, uma tristeza. E não é preciso. A vida espiritual é um dado do ser humano, não é preciso fazer força. Menos ainda seria necessário desconectá-la da vida cotidiana: muitas vezes é no dia-a-dia que vivemos o ápice da nossa espiritualidade, e não nos momentos religiosos, como seria meio óbvio imaginar. E tampouco é apenas nos atos éticos com os outros seres humanos que isso pode ser vivido, ainda que ser ético seja evidentemente também necessário e possivelmente constitua grande parte do discurso religioso atual. Claro que temos que ser éticos e prezar por uma comunidade com boa vida boa, mas a espiritualidade não está restrita a isso; inclusive, ao contrário: é possível ser plenamente ético sem sanar o vazio espiritual. São coisas distintas, ainda que vários religiosos insistam em reduzir a espiritualidade à temática do humano.

A espiritualidade, justamente, não se restringe a isso porque ela não se restringe. Ela é precisamente a avidez pelo infinito, por aquilo que não tem restrições de tempo, lugar, pessoas, conceitos… ela visa a estar com quem chamamos mais comumente Deus. Mas não uma definição qualquer de Deus, nem mesmo de não-Deus. A espiritualidade é o desejo de um ser que se percebe finito, que somos nós, terrestres, pelo infinito, a quem podemos chamar Deus, Cosmos, Inteligência Superior, O Ser Supremo, Consciência, Supra-Mente, dentre vários outros nomes que, no fim, são igualmente incapazes de dar conta do Seu real.

Mas o sentimento espiritual que trazemos em nós, sim, dá conta.

E então, nós viemos buscando formas de encontro com esse sentimento, de vivê-lo de jeitos diversos. As religiões são ainda o seu principal porta-voz. Criam estórias, vivificam símbolos e ritos para que possamos integrar esse sentimento ao nosso cotidiano, moldando tudo de maneira a que possamos viver essas coisas em comunidade, não apenas na nossa vida particular. Inventam-se, com isso, formas maravilhosas e, como nos preenchem, nos enchem de amor.

Religião é amor.

É uma maneira fantástica de experimentar o amor, um amor estendido, ao qual até tentamos dar explicações racionais, mas que, no fundo, são apenas um ampliado e incompreensível amor… inapreensível para a nossa racionalidade, mas inteiramente de acordo com o nosso ser. Um mistério.

VIVER TORÁ_

Eu tenho isso tudo dentro de mim e muitas vezes fora, também. Eu amo “estendido” e amo também minha religião, judaísmo; seus símbolos, suas estórias, sua história. Amo o jeito como aqueles personagens vivenciaram o seu próprio sentimento espiritual. Amo me colocar à disposição do Eterno (mais um daqueles nomes) na forma de reza, cânticos, textos. E amo falar sobre esse assunto, ensinar, aprender, criar hipóteses para o que os autores dos nossos textos sagrados estavam vivendo, levando-os  a registrar seus sentimentos e vivências da maneira como o fizeram.

Eu dou cursos, oficio serviços religiosos e faço cantos meditativos tendo como motivos as temáticas dos textos que eu amo. E tenho querido cada vez mais expandir esses motivos para outras áreas da minha vida, torná-la uma lida diária com o Infinito, para o Infinito.

A tudo isso eu chamo Viver Torá.

E conheço um montão de gente assim, para quem essas mesmas coisas são importantes, mesmo que, ou talvez principalmente por fazerem parte de um reino inefável, não totalmente compreensível, mas completamente parte de nós mesmos.

Pode ser que você também seja assim. Se for o seu caso e você achar que podemos trilhar esse caminho juntos, venha. Ande um pouco mais por aqui e veja de que forma podemos nos encontrar.

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